Abadá - Veste Abadô - Parte da vestimenta da Abalô - Nome dado a Oxum quando Abará - Bolo feito com massa de Abassá - Terreiro de Candomblé Abatá - Sapato ou qualquer tipo Abê - Tida como irmã gêmea de Abebê - espelho usado por Oxum e Abelê - leque usado por Oxum. Abiã - Pessoa que está nascendo Abikú - Uma criança que morre Abiodun – Título de um dos Obás Abô - banho de proteção feito de Abomi - Um dos Acarajé - comida ritual da Orixá Acaçá - é uma comida ritual do Adarrum - Toque do Orixá Ogum. Adarrun - Toque rápido e contínuo Adé - Homem com trejeitos Adiê – Galinha preparada para Adjá - sino de alumínio ou cobre Ado - é uma Comida ritual feita Adobalé - Nome dado ao ato de Adoxu - estado em que o iniciado Adun - Comida de Oxum feita com Adupê - Bode. Afoman - Um dos nomes do Orixá Afejewe - início da raspagem do Afoxé - é um instrumento musical Afoxé - é um ritmo do Afoxé - também chamado de Agodô - Umas das qualidades de Agogô - é um instrumento musical Águas de Oxalá - Cerimônia de Agué - Nome de um vodum Jeje, que Aguerê - Dança de Iansã. Agueré – Toque cadenciado com 2 Aguidavi - são varetas utilizadas Aiê - A terra, o solo, sob o Airá - Xangô velho – Uma das Aisum - Ritual a que o iaô se Aiuká - Fundo do mar, para o povo Ajapá - Cágado, tartaruga. O Ajé - Feiticeira Akã - Faixa usada para amarrar no Akepalô - Sacerdote. Akessan - Um dos nomes do Orixá Akikó - Galo Akirijgegbó – Freqüentador do Akokem - Galinha D’angola. Akukó - O mesmo que Akikó - Alá - Deus para os daomeanos da Alabéê – Tocador de tambores Aladori - pano amarrado à Alafange - Objeto semelhante a uma espada. Alafim - Uma das qualidades de Alagbê - É o Ogan responsável Alaketo -Nação do povo Iorubá-Nagô. Alapini - é o Sacerdote Supremo Alibã - Polícia. Alojá - A dança do ritual de Aloyá - Senhora Oyá. O mesmo que Aluá - Bebida feita com farinha Aluaiê - Nação Jeje – Angola Alubosa - Cebola Alufam - O mesmo que olufóm, Alujá - Batida de tambor especial Amalá - é comida ritual do Orixá Amobirim Ana – O mesmo que ontem. Anamburukê - Um dos nomes de Nanã Angola - Região do sudoeste da Angorô - Na nação angola, Aôboboi - Saudação do Orixá Apaoká - Orixá da jaqueira, por Apará - Uma das qualidades da Aré - Culto ao orixá Ogum na Arê - Ruas e Encruzilhadas. Aress - Um dos 12 ministros de Ariaxé - Banho ritual com folhas Aridã - Fruto do qual se origina Arrobobô - Uma das saudações do Aruquerê - Objeto de metal usado Anlodo - caminhada ritualística Assentamento - recipiente onde se Assogba - Supremo sacerdote do Atabaque - De origem africana, Axé - força invisível, mágica e Babalaô - baba, Bori - cerimônia destinada a Brajá - colar de búzios com Búzios - conchas cônicas Candomblé - casa Cauris - búzios. Contra-egum - trança feita de Curas - espécie de tatuagens Dobale - tipo de Ebó - ritual Efum - espécie de giz branco Egum, egungum - Espírito de Ejé - sangue derramado na Elegum - eleito, preferido do Eni - esteira feita de uma palha Epó - azeite-de-dendê. Erê -espírito de (ou sob a forma Erukerê - rabo-de-cavalo usado Feitura de santo - Ibá (Igbá) - bacia Ibiri - instrumento ritual de Idés - pulseiras Ifé - vasto; cidade nigeriana, Igbim - espécie de caramujo. Iká - tipo de reverência do Ilá - som que o iniciado emite irradiado. Ilê - casa. Irê - incisões feitas na cabeça Iroko - árvore considerada Iruexim - instrumento Iyó - sal. lfá - Orixá da adivinhação e do lgbo iku - floresta da morte. lya kekerê - "braço direito" da Juntó, ajuntó - Kelê - colar Laguidibá - Mãe-de-santo - na Mariwo - tipo de fibra de palmeira usada na confecção da roupa de Nagôs - Obatalá Obi - fruto de uma Odu - caída dos Ofá - arco e flecha, Oga - camaleão. Ogã - padrinho do Okum - mar. Olodumaré - um dos Olofim, Olofim-Odudua Olokum - (okum, mar) Opelê-Ifá - tipo de Orixá de cabeça - o Orukó - cerimônia de Orum - céu. Orumilá - (Orum, Céu; Osum - tipo de tinta Otá - pedra sagrada Oti - pinga, Oxaguiã - forma jovem Oxalufã - forma velha Oxé - machado de duas Oxetuá - búzio Oxum Okê - variante Pai-de-santo - ver mãe-de-santo. Paô - batidas de mãos Padê - O Padê de Exú é Paxorô ou opaxorô - Peji - altar Quizila - recusa de uma oferenda por um orixá. Ronkó - Sacudimento - ritual de limpeza. Terreiro Umbanda - religião afro-brasileira onde os Waje - Xaxará - Zambi (Nzambi) ou Nzambi Zelador-de-santo, |
Feitura de santo é um termo usado nos terreiros de candomblé, que significa a iniciação de alguém no culto aos orixás. Ver Iniciação Ketu
A iniciação é um rito de passagem, uma morte simbólica que transforma um homem comum em um instrumento do Orixá, em "elegun" um Iaô, pessoa sujeita ao transe de possessão, a emprestar seu corpo para que Orixá viva entre nós mais uma vez, por um período de horas ou dias.
O iniciando passa por ritos complexos, de isolamento e segregação, de silêncio absoluto, de tonsura ritual, de sacrifícios de animais, de oferendas de alimentos, de pequenos cortes (cura) para inserção de pós mágicos em seu corpo (cicatrizes sagradas que definem os futuros sacerdotes), simbolizando uma volta ao útero da Mãe Terra, de onde renascerá, não um homem comum, mas o instrumento de um Orixá, que por sua boca e seu corpo falará e se manifestará, aumentando assim seu conhecimento e o de todos os outros crentes.
A pena vermelha, chamada ekodide, que o elegun carrega em sua cabeça, simboliza realeza, honra, status adquirido pelo fato de ele ter se iniciado para ser um novo sacerdote dedicado ao culto daquele Orixá. As pinturas em cor branca, azul e vermelha, feitas a partir de substâncias vegetais e minerais.
O bom não é suficiente, só o melhor é dado para o Orixá. Por muitos dias o neófito irá carregar consigo um colar especial de sagração no pescoço, chamado de Kelê simbolizando seu amor, devoção e sujeição ao Orixá.
Cumprirá resguardo sexual, porque esta energia não pode ser desperdiçada, toda sua força energética deve estar centrada em Orixá. Comerá comidas especiais comida ritual, dormirá no chão, em uma esteira, aprenderá com os mais velhos as orações e cânticos de seu Orixá. É um tempo de amor, dedicação e aprendizado, um reaprender a viver, uma inserção do sagrado no cotidiano, uma experiência que não pode ser descrita, mas sim vivida.
E a possessão faz parte de tudo isso, um ser dominado; um compartilhar corpo e espírito com Orixá; um ser o orixá e voltar a ser o homem; sem a menor possibilidade de interferência, em que a perda de vontade própria e a submissão são aprendidos sem que se ensine ou aprenda, por instinto e memória ancestral.
E, ao fim de tudo, o elegun reaprende os atos do dia a dia,num ritual chamado Apanan retoma sua vida diária, mas para ele estará em primeiro lugar e sempre o Orixá.